Cerca de 900 pessoas passaram pelo estande do IDR-Paraná durante a 51ª Expo Paranavaí que terminou neste domingo (12). No espaço, pesquisadores e extensionistas do instituto promoveram seminários, workshops e debates sobre atividades agropecuárias voltadas à região Noroeste do Estado, com foco em sustentabilidade do agronegócio.

Durante toda a feira pesquisadores e extensionistas do IDR-Paraná promoveram seminários, workshops, além de debates a respeito de diversas atividades agropecuárias voltadas ao Noroeste do Estado. As políticas públicas para o desenvolvimento rural que estão disponíveis para os produtores também estiveram na pauta de discussão. As atividades no estande do Instituto foram organizadas pela Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Federação da Agricultura do Paraná (Faep).

Um dos temas foi o avanço da pesquisa para o cultivo da mandioca em solos arenosos, abordado pelo extensionista Jonez Fidalski. Ele ressaltou a importância de o produtor adotar novas práticas para o plantio na região Noroeste. “Precisamos ajustar as práticas que envolvem o plantio de manivas de mandioca em sistemas de preparo com menor intensidade de revolvimento sobre a palhada, para conservar o solo, sem comprometer a produtividade das raízes”, afirmou. Segundo ele, isso é possível por meio do preparo mínimo com o uso de hastes de escarificadores ou subsoladores ou pelo ajuste de hastes em plantadoras de mandioca que possibilitem a abertura dos sulcos de plantio com largura e profundidade para não comprometer o desenvolvimento das plantas de mandioca.

A agropecuária com baixa emissão de carbono também foi tema de discussão. O Seminário Agricultura e Pecuária de Baixo Carbono apresentou diretrizes técnicas para a produção da Carne Baixo Carbono (CBC) em pastagens tropicais e sobre o uso de sistemas integrados de produção como o Sistema Integrado de Produção Agropecuária (SIPA) e o Integração Lavoura Pecuária (ILPF). Estes sistemas são práticas de manejo e uso de insumos contribui tanto para a melhorar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono, como para aumentar a sustentabilidade e a rentabilidade das atividades agropecuárias.

Para Katia Gobbi, coordenadora do Programa Pecuária de Corte e Sipa do IDR-Paraná, a participação na Expo Paranavaí 2023 mostra como o Instituto atua na região Noroeste para melhorar a atividade agropecuária local. “com temas importantes para a região, os pesquisadores e extensionistas demonstraram para os produtores, profissionais, estudantes e público em geral os principais experimentos desenvolvidos”, afirma Kátia.

Os visitantes da feira também puderam conversar com especialistas sobre assuntos diversos como o controle das formigas cortadeiras, a saúva. Uma praga que aparece na maioria das propriedades locais, causando prejuízos para diversas culturas.

A feira acontece todos os anos no Parque de Exposições Presidente Arthur da Costa e Silva, uma área de quase 315 mil m², em Paranavaí. Foram 10 dias de evento com mais de 40 milhões em movimentação financeira e R$ 25 milhões em volume de negócios financiados e prospectados.