Sistema de captação de água da chuva, jardim das sensações, auditório ao ar livre feito com bambu, composteira, banco com gerador de energia solar para carregar equipamentos eletrônicos. Essas são algumas das novidades que os alunos do Colégio Estadual Leôncio Correia, de Curitiba vão encontrar ao retornarem para as aulas presenciais. Todas estas melhorias fazem parte do projeto “Cultivando Saberes: educação socioambiental para escolas sustentáveis” desenvolvido no colégio pelo professor de sociologia, Gabriel Portugal. A ideia é promover educação socioambiental através de práticas sustentáveis para os 1970 alunos do colégio.

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) prestou todo o apoio e assessoria necessária para que o objetivo da direção e dos professores do colégio fosse alcançado. Para o presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, poder fazer parte desta conquista é muito gratificante. “Este projeto é um exemplo que deveria ser seguido por todos e saber que o Instituto teve participação me deixa muito honrado”, disse o presidente. O diretor do colégio, Marcelo Monteiro também destacou a participação do IDR-Paraná. “Toda capacitação necessária para o plantio e manutenção das hortas, pessoal e equipamento para retirada dos entulhos no início das obras nós conseguimos com a ajuda do IDR-Paraná, e com certeza, foi fundamental para colocar este projeto em execução” conta o diretor do colégio. A agrônoma e coordenadora regional de projetos do IDR-Paraná, Laís Adamuchio, que acompanhou todo o processo e todo o trabalho dos envolvidos no projeto ressalta a necessidade de enfatizar estas boas práticas para que sirvam de exemplo. 

O projeto venceu o prêmio nacional do desafio Escolas Sustentáveis, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que viabilizou um financiamento de 105 mil para desenvolver as ações previstas no plano de ação em 2020. Foi um ano de pandemia, mas o projeto não parou. “Vim até a escola todas as tardes, mesmo durante a pandemia para dar sequência ao projeto. A ideia é criar um espaço que mostre para a sociedade que, sim, é possível fazer diferente” conta o professor Gabriel.

Com o objetivo de transformar a escola em um centro de referência em sustentabilidade socioambiental e também capacitar a comunidade escolar sobre o tema o projeto não para por aí. O próximo passo já está traçado e vai contar novamente com o apoio do IDR-Paraná: O colégio vai construir um biodigestor - equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica através da ausência de oxigênio. Que será usado para suprir a cozinha do colégio na preparação da merenda escolar, com a ideia de redução de insumos externos na geração de energia. Esse processo é denominado biodigestão. O espaço para esta construção já está definido e as obras serão iniciadas em breve.

Reportagem: Francieli Galo