Cooperativas de agricultores familiares comercializam produção na Ceasa de Curitiba 12/04/2021 - 16:27
Desde o ano passado, quando a Ceasa cedeu espaço para cooperativas de agricultores familiares, mais instituições passaram a participar das vendas na "Pedra" da Central de Curitiba. É mais um canal de comercialização para os pequenos produtores que conseguem ampliar o mercado para seus produtos. Calcula-se que cerca de 800 famílias sejam beneficiadas com as vendas na Ceasa. Na "Pedra" é possível encontrar produtos diversos, de cana-de-açúcar para produção de garapa, a verduras, frutas e ovos.
Desde a semana passada a Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares de Rebouças está comercializando ovos na "Pedra" da Ceasa de Curitiba. Ela se soma a outras oito organizações que encontraram neste espaço uma oportunidade de comercialização. Atualmente as cooperativas movimentam 35 toneladas de produtos na Central, semanalmente. Segundo Dalvan Mallmann, extensionista do IDR-Paraná que presta assistência aos produtores, a iniciativa de ceder espaço para as organizações poupou esforço aos agricultores. "Agora, em vez deles trazerem sua produção de forma individual na "Pedra", esse processo é organizado pelas cooperativas. As organizações de agricultores também tiveram que planejar a produção, investir na seleção e apresentação dos produtos, melhorando sua gestão", revelou Mallmann.
Orival Stolf, do escritório regional do IDR-Paraná da região de Curitiba, lembra que a participação das cooperativas na "Pedra" da Ceasa tem um papel importante para as famílias. "Com isso as cooperativas estão se livrando da dependência exclusiva do mercado institucional. Antes, elas só vendiam para a Merenda Escolar", esclareceu.
Na Região Metropolitana de Curitiba existem 2.500 famílias organizadas em torno de 50 cooperativas. Mas a "Pedra" da Ceasa tem recebido produtos de outras regiões como Centro e Litoral do estado. Várias dessas cooperativas e associações presentes na Ceasa integram o Prodam (Programa de Desenvolvimento Agroalimentar Metropolitano) que conta também com a participação de instituições públicas como o IDR-Paraná, a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba (SMSAN) e o Sebrae. O extensionista Dalvan Mallmann acompanha as cooperativas e promove a articulação entre as organizações e a CEASA. Segundo ele, o trabalho do Instituto é dar suporte às organizações e possibilitar que o acesso a este mercado traga resultados econômicos para as cooperativas e, consequentemente, para seus cooperados. É uma ação que também envolve um grande número de técnicos do IDR-Paraná que, no dia a dia, estão acompanhando a produção das cooperativas e dando orientações técnicas aos associados a campo.