Nesta semana foi concluída a etapa de formação dos jurados do Prêmio Queijos do Paraná 2. ª Edição. A seleção dos melhores queijos será realizada no dia 30 de maio, em Curitiba e contará com a participação de uma banca de jurados formada por professores, chefes de cozinha, profissionais da área de sanidade animal, representantes de conselhos de classe, do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), produtores e extensionistas do IDR-Paraná. O prêmio é um dos que mais investe na formação dos jurados, com 30 horas de aulas práticas e teóricas.

A formação dos jurados passou por três momentos. Primeiramente os integrantes do júri debateram os aspectos que deverão ser avaliados obrigatoriamente, conforme o regulamento do prêmio, além de aprenderem a identificar determinadas características como paladar, aroma, textura, sabor e aparência do queijo. Numa segunda fase, os jurados foram capacitados a aplicar o formulário de avaliação do concurso. Na última etapa os participantes do curso foram orientados a respeito do reconhecimento e análise de determinadas características das categorias contempladas pelo prêmio, entre as quais o queijo de massa cozida prensada, o de massa filada fresca em água de conserva, os queijos fabricados com alto teor de proteína do soro ou os autoriais/inovadores (temperados, com sementes ou com vinho).

Retorno para o produtor: Nesta última etapa, o curso contou com a orientação do professor Antonio Fernandes de Carvalho, graduado em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Doutor em Ciências e Técnicas de Indústrias Agrícolas e Alimentares pela Agrocampus-Ouest, em Rennes, França e pós-doutor pelo Laboratório de Culturas Láticas/BIOAGRO, da Universidade Federal de Viçosa. Carvalho atuou durante oito anos como gerente industrial na área de laticínios, período em que desenvolveu e registrou 73 produtos no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Desde 2006 é professor da Universidade Federal de Viçosa. Ele observou que este curso foi estruturado de maneira a promover um nivelamento de conhecimento e parâmetros equilibrados para que os jurados possam avaliar os queijos que participam do prêmio. Carvalho acrescentou que os consumidores têm uma avaliação subjetiva quando experimentam um queijo, mas o jurado deve seguir parâmetros técnicos. “Quando os produtores colocam um queijo no concurso eles esperam uma resposta dessa avaliação. O curso dá um norte para que os produtores saibam como podem melhorar o queijo do Paraná”, ressaltou o professor.

De acordo com Fabíola de Levrero e Borba, engenheira de alimentos do IDR-Paraná, o feedback das avaliações pode ser de suma importância no processo de melhoria dos queijos paranaenses. Ela acredita que essas avaliações podem nortear os produtores e extensionistas a respeito do caminho a seguir para melhorar esses produtos. “É uma excelente ferramenta de trabalho para nós extensionistas, pois conseguimos mapear onde precisamos focar nossos esforços com cada produtor”, ressaltou Fabíola.

O Prêmio Queijos do Paraná foi criado, em 2024, para valorizar e estimular a pecuária de leite no Estado. Além disso, a competição busca agregar valor à matéria-prima e colocar os produtos lácteos paranaenses em evidência. O objetivo das instituições que fazem parte do comitê gestor do prêmio (Sistema Faep-Senar e IDR-Paraná) é divulgar os queijos produzidos de forma artesanal ou industrial no Paraná. Assim, é possível fortalecer a cadeia produtiva do leite que está presente em 399 municípios do estado. Interessados em participar do Prêmio podem fazer sua inscrição até o dia 30 de maio. O edital, com todas as informações a respeito do prêmio, pode ser consultado no site do IDR-Paraná (www.idr.pr.gov.br).