IDR-Paraná apresenta resultados e ouve a sociedade através do Conselho Consultivo Estadual 01/11/2023 - 11:44
A prestação de contas à sociedade sobre os trabalhos realizados pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) faz parte das premissas do Instituto desde a sua criação. Para isso foram criados os Conselhos Consultivos. Que é uma forma de ouvir as prioridades da agricultura paranaense e apresentar os principais resultados obtidos pelo IDR-Paraná. Além de possibilitar que as ações sejam planejadas de forma mais assertiva e que atenda aos agricultores e a sociedade de maneira eficaz.
Nesta terça-feira (31) os membros do Conselho Consultivo Estadual se reuniram para a Reunião Ordinária de 2023 na sede do IDR-Paraná, em Curitiba. A reunião contou com a presença do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara que fez questão de valorizar o esforço do Instituto em ouvir a sociedade. “A preocupação do governo é potencializar a produtividade no campo e, ao mesmo tempo, construir uma agricultura cada vez mais sustentável. Fazer mais e melhor sempre. Esta reunião vai calibrar as ações para que o IDR-Paraná seja um órgão de excelência que sempre buscamos”, afirmou Ortigara.
O diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, reforçou o compromisso em gerar o desenvolvimento rural no estado. “Somos o Instituto de Desenvolvimento Rural e esse conselho é uma estratégia para coletar as necessidades e contribuições da sociedade. Só assim teremos condições de traçar as ações de acordo com as prioridades do estado”, disse Natalino.
Durante a reunião o diretor de Integração Institucional, Rafael Fuentes Llanillo, apresentou o primeiro Balanço Social, documento que traz os resultados do Instituto em números. O balanço mostra que para cada real investido o IDR-Paraná devolve para a sociedade mais de seis reais. O retorno financeiro do trabalho da entidade ultrapassou R$ 6,47 bilhões em 2022, somando as ações com instituições parceiras. Foram avaliados, neste ano, 49 ações e tecnologias que permitem a visualização do envolvimento do Instituto com o desenvolvimento rural.
Rafael destacou o exercício de avaliação do Instituto e o envolvimento de todos os servidores. “Esta é só a primeira edição do balanço. Devemos incorporar esse método na rotina de trabalho dos técnicos. É uma forma, não só de prestar contas, mas também de fazer uma análise sobre o trabalho realizado e os resultados. Colabora para o planejamento das ações”, concluiu Fuentes
Esta edição do documento, que pode ser consultado AQUI endossa a preocupação do Governo do Paraná com os impactos sociais, ambientais e econômicos da agricultura familiar e do cooperativismo de médio e grande porte, que são fundamentais para o crescimento do Estado.
Para avaliar o impacto econômico foi utilizado o método do excedente econômico que compara a situação anterior (sem adoção da tecnologia) com a atual (com adoção de tecnologia). Nesse quesito foram avaliados os ganhos obtidos de cinco formas: aumento de produtividade, ampliação de área da atividade, redução de custos, agregação de valor e acesso a recursos financeiros.
Na perspectiva do impacto social foi considerado adaptação simplificada de indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuária (Ambietc Social) da Embrapa. Foi considerado um conjunto de 14 indicadores, agrupados aspectos como Emprego, Renda, Saúde, Gestão, Administração e Capital Social.
Já para avaliar o impacto ambiental foram utilizados indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias, que consiste na adaptação de metodologia utilizada pela Embrapa. Ele teve por base um conjunto de 36 indicadores agrupados em cinco aspectos: Eficiência Tecnológica, Conservação Ambiental, Recuperação Ambiental, Bem-estar e Saúde Animal e Qualidade do Produto.
Conselhos Consultivos Mesorregionais - Além do Balanço Social Rafael também apresentou uma análise das prioridades eleitas pelos sete Conselhos Consultivos Mesorregionais que o IDR-Paraná criou para traçar estratégias de acordo com as particularidades de cada região do estado. São eles: CCM Metropolitana e Litoral, Centro, Centro Sul, Norte, Noroeste, Oeste e Sudoeste.
O Conselho Consultivo Mesorregional é formado por um conjunto de pessoas e instituições. Cada mesorregião identifica os temas relevantes através de uma leitura do cenário entre organizações e instituições. Dentro desse escopo o Conselho foi idealizado para promover ajustes e com a perspectiva de ter novos atores no sistema de inovação. A ideia é de que, agrupando esse conjunto de pessoas e organizações, seja possível estreitar parcerias para que a informação flua de forma mais ágil e o conhecimento e inovação sejam utilizados de forma mais efetiva.
Ainda durante a reunião foi apresentado o projeto de aplicativo para aproximar os técnicos do IDR-Paraná do agricultor – o IDR-Digital. Os representantes das regiões receberam tablets que devem ser usados pelos servidores para facilitar esta comunicação.
A reunião foi presidida pelo diretor-técnico da Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento), Benno Doetzer, que é também presidente nato do Conselho Consultivo Estadual. Além do presidente o Conselho Consultivo Estadual é constituído por dezenove conselheiros que são os sete coordenadores dos Conselhos Consultivos Mesorregionais e representantes de entidades parceiras como SebraePR (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), SenarPR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Sociedades Rurais, Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Ceasa (Centrais de Abastecimentos do Paraná), Sescoop/PR (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), Seti (Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).