IDR-Paraná comemora o Dia Nacional do Extensionista 06/12/2024 - 13:02

Na última sexta-feira (6) o IDR-Paraná comemorou o Dia Nacional do Extensionista Rural. Na ocasião, 22 extensionistas de todo o estado foram homenageados com o Mérito Extensionista, pelo trabalho relevante que desenvolveram junto aos produtores. No mesmo dia, a extensionista Edna Batistella participou de uma solenidade em Brasília, quando recebeu uma medalha em homenagem ao Dia Nacional do Extensionista Rural. Atuando na área de Promoção Social e Cidadania, Edna está há 51 anos no IDR-Paraná. Ela também representou o Paraná no seminário “A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) que queremos e o Brasil precisa”, promovido pela Frente Parlamentar de ATER, Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural) e Asbraer (Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa. Agropecuária e Regularização Fundiária), em Brasília.

Extensionista do futuro: Para Richard Golba, diretor presidente do IDR-Paraná, a data foi uma oportunidade de comemorar as realizações de todos os servidores do Instituto, não somente dos profissionais homenageados. "Toda a estrutura do IDR-Paraná se empenha para mostrar resultados. É isso que estamos fazendo hoje com essa homenagem, porque esses profissionais fizeram o produtor adotar uma tecnologia ou uma prática que mudou sua vida", ressaltou Golba. Ele acrescentou que o papel dos extensionistas é justamente levar informação, conhecimento e tecnologia para melhorar a vida dos produtores.

Para Golba, o momento atual exige uma nova postura dos profissionais. "Hoje nossas preocoupações se multiplicaram. Temos a questão econômica que é o carro chefe, mas logo em seguida vêm as questões sociais e ambientais. A sociedade está mais complexa e isso tornou o papel do extensionista também muito mais complexo", observou.

Golba lembra que o desenvolvimento de novas tecnologias tem sido crescente nos últimos anos. No entanto, ele ressalta que é preciso não perder de vista o objetivo da agropecuária que é produzir alimento e renda com sustentabilidade social, econômica e ambiental. O diretor-presidente do IDR-Paraná observou que a erosão voltou a ser um problema no Paraná, fruto do uso indiscriminado de ferramentas, as máquinas muito grandes e pesadas. Ele acrescentou ainda que há 25 anos, por exemplo, não existia o cultivo do milho safrinha que deixa o solo sem cobertura. "Esse contexto exige que o extensionista atue para definir o melhor uso dessas ferramentas, sem prejuízo para o produtor e para o meio ambiente", alertou. Outro desafio, segundo Golba, é intensificar a conexão entre pesquisadores que se debruçam sobre um tema específico e os extensionistas que têm um conhecimento apurado da realidade no meio rural. Para Golba, essa familiaridade com a vida do produtor é a grande força dos profissionais que atuam no IDR-Paraná.

História: Os serviços de extensão rural não oficiais no Brasil remontam ao início do século XX, com a institucionalização dos cursos de Ciências Agrárias em nível superior ou em nível técnico. A criação institucional dos serviços, porém, só se deu a partir da década de 50, com o surgimento de instituições civis, sem fins lucrativos, que prestavam serviços de extensão rural e elaboração de projetos técnicos para obtenção de crédito rural junto aos agentes financeiros. O modelo foi inspirado no trabalho feito à época por universidades dos EUA. O primeiro escritório de Extensão Rural do Brasil foi criado em 06 de dezembro de 1948, em Minas Gerais. No Paraná, o serviço chegou em 20 de maio de 1956.

Atualmente, de acordo com a Asbraer (Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária), existem mais de cinco mil unidades no país que atendem cerca de dois milhões de proprietários rurais e mantêm 13.690 extensionistas, 1.126 pesquisadores e 31 instituições de Assistencia Técnica e Extensao Rural, Pesquisa Agropecária e Regularizacao Fundiária.