IDR-Paraná faz recomendações para colheita de feijão segunda safra 19/05/2022 - 10:04
Os técnicos do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater) enfatizam a importância de adotar boas práticas agronômicas na operação de colheita do feijão segunda safra, que se concentra neste período do ano. CLIQUE AQUI para acessar a íntegra de nota técnica publicada sobre o tema.
“O manejo correto da colheita assegura qualidade para o consumo da população”, afirma o engenheiro agrônomo Germano Kusdra, coordenador de sistemas de produção de feijão e cereais de inverno do IDR-Paraná.
A preocupação é o uso de dessecantes e a qualidade do produto final. Se a lavoura chega nessa fase em boas condições para a colheita, o agricultor utiliza menos agrotóxico e economiza, “mas se opta por fazer a dessecação, é preciso tomar alguns cuidados”, acrescenta Kusdra.
A dessecação proporciona benefícios como a uniformidade de maturação e a possibilidade de escalonar e até de antecipar a colheita quando há previsão de chuvas, aponta Kusdra.
Cuidados
os produtores que decidem pela dessecação, Kusdra lembra que é fundamental o acompanhamento e orientação de um engenheiro agrônomo para verificar o estágio de desenvolvimento da planta e as condições do tempo antes de iniciar a operação.
“Sob temperaturas elevadas e baixa umidade, pode haver alto índice de grãos quebrados, o que diminui a qualidade do produto, seja para consumo, seja para produção de semente”, explica.
Outro cuidado imprescindível, alerta Kusdra, é a observação do intervalo de segurança entre a aplicação e a colheita, para evitar resíduos de agrotóxicos nos grãos a serem comercializados.
Kusdra recomenda ainda o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) em todas as etapas de uso dos agrotóxicos, do preparo da calda até a limpeza dos equipamentos de pulverização após as aplicações.
Cultivo
Neste ano há cerca de 300 mil hectares cultivados com feijão segunda safra no Paraná. A colheita está em andamento, e alcança pouco mais de 20% dessa área, com produtividade superior a 2 mil quilos por hectare, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Reportagem: Edmilson Liberal