O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) recebeu da Secretária Nacional de Políticas Penais um certificado que reconhece os esforços da instituição no engajamento na reintegração social de detentos. Atualmente, três estações de pesquisa do Instituto contam com o trabalho Prisional em suas atividades: Lapa, Pinhais e Ponta Grossa.

Na Estação de Pesquisa do IDR-Paraná na Lapa esse trabalho já vem sendo desenvolvido desde 2012 e hoje 56% do efetivo é composto por detentos que cumprem regime no Centro de Regime Semiaberto da Lapa. “Temos 14 apenados trabalhando diariamente na Estação da Lapa, e na minha opinião só consigo observar pontos positivos. Além de toda a questão social, dessas pessoas estarem se reintegrado e ajudando suas famílias com parte do salário, tem a questão operacional da propriedade. A gente consegue realizar atividades que normalmente seriam difíceis, devido aos apenados terem as mais diversas habilidades. Por exemplo, construção civil, solda, mecânica, marcenaria. Isso nos permite manter a manutenção das instalações, máquinas e ferramentas sempre em dia", observou Juliano de Lima Souza, coordenador da Estação de Pesquisa.

A estação de Pesquisa de Pinhais conta com sete apenados trabalhando em suas dependências e a de Ponta Grossa, tem onze. Cada vez que é necessário um trabalhador com alguma habilidade específica, é feita a solicitação ao responsável do presídio que seleciona o apenado para atender a demanda. O salário recebido pelos presos é divido em três partes: 1/3 é destinado a pagar os custos do sistema prisional, 1/3 é destinado à família e 1/3 é depositado em uma conta que o apenado terá acesso assim que receber o benefício do regime aberto.

O Selo Resgata, instituído ao IDR-Paraná pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, tem o propósito de reconhecer as organizações que empregam pessoas em privação de liberdade, internadas, em cumprimento de alternativas penais e egressas do sistema prisional. A concessão do selo é um incentivo às práticas de responsabilidade social e sustentabilidade às organizações que se propõem a assumir uma postura socialmente responsável em relação à justiça social.