Nesta terça-feira, dia 21, o governador Carlos Massa Ratinho Jr. e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, plantaram no jardim do Palácio Iguaçu uma muda de araucária enxertada, que promete dar pinhão em até seis anos, muito menos tempo que as árvores tradicionais, com média de 20 anos. A solenidade contou com a participação de várias lideranças e estudantes. Foi uma oportunidade para divulgar o Projeto Pinhão, executado pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) e o Poliniza Paraná, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).

O jardim do Palácio do Iguaçu já conta com nove araucárias enxertadas, além de dez mudas de erva-mate. Ambas as espécies têm ligação direta com a história paranaense, representando ciclos econômicos importantes para o desenvolvimento do estado e estão representadas na bandeira do Paraná. Avner Paes Gomes, do IDR-Paraná, explicou que a solenidade desta terça-feira dá visibilidade a um trabalho que o Instituto vem desenvolvendo no estado para estruturar a cadeia produtiva do pinhão. Segundo ele, o Projeto Pinhão tem o objetivo de implantar pomares com mudas enxertadas, que produzem em menor tempo, além de incentivar o processamento e a  comercialização do pinhão.

Pinhão - O Projeto Pinhão está sendo implementado pelos extensionistas do IDR-Paraná em toda área de ocorrência natural da araucária, o pinheiro do Paraná. Atualmente o Instituto mantém Unidades de Referência com pinheiro enxertado nas regiões de União da Vitória, Guarapuava e Região Metropolitana de Curitiba. “A proposta é integrar o plantio da araucária com erva-mate. “As duas espécies são símbolos do estado e são muito importantes para a agricultura familiar. Nosso objetivo é fomentar essas atividades.”, destacou o extensionista. Atualmente três viveiros no estado estão produzindo mudas enxertadas de araucária. Entretanto, o Projeto Pinhão está capacitando os produtores para que eles façam o enxertio.

Durante a solenidade as lideranças também conheceram a horta orgânica do Palácio do Iguaçu, cuja implantação foi orientada pelos extensionistas do IDR-Paraná. São dez canteiros que produzem hortaliças e plantas condimentares.

Abelhas - Outra ação da área ambiental levada ao jardim do Palácio foi a instalação de quinze caixas de abelhas sem ferrão. Os equipamentos fazem parte do Projeto Poliniza, executado pela Sedest, em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT) e Prefeitura de Curitiba. A exemplo do que acontece nos nove municípios onde o projeto já foi instalado, o objetivo é reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção. Além disso, os idealizadores do projeto querem despertar na sociedade a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza. Oito espécies de abelhas estão sendo usadas pelo Projeto: Guaraipo, Jataí, Mandaçaia, Mirim, Manduri, Iraí, Mirim Guaçu e Mirin nigriceps.

As abelhas nativas têm um papel fundamental na área de mata atlântica, pois são agentes polinizadores e sua presença indicam que uma região tem boa qualidade ambiental. Outro  efeito do programa é o fortalecimento da cadeia de meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) do Paraná. O Poliniza paraná já foi implantado em Brasilândia do Sul, Campo Mourão, Kaloré, Maringá, Marumbi, São João e Sapopema.

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