Na última sexta-feira (23) um encontro realizado em Paranavaí, reuniu na sede da empresa de suco Prats, diversas lideranças para discutir o trabalho de prevenção e controle do HBL ou greening. A doença é uma das principais ameaças aos cultivos de citros no mundo e também está presente no Paraná. O objetivo da reunião foi implementar uma ação conjunta dos diversos segmentos da citricultura para reduzir a ocorrência dos casos de greening e reforçar a prevenção contra a doença. O encontro contou com a participação de representantes da cadeia de citros; do secretário Estadual da Agricultura, Natalino Avance de Souza; do secretário Estadual da Fazenda, Norberto Ortigara; da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e do IDR-Paraná

Norberto Ortigara ressaltou a importância da observação de medidas de prevenção e controle do greening nas regiões produtoras de citros. Ele também disse que o trabalho conjunto que vem sendo feito, com a participação do governo e de produtores é muito importante. Para ele, essas parcerias são fundamentais e precisam ser potencializadas para que se possa alcançar resultados ainda mais eficazes no combate ao HLB. “A união de esforços entre governo, empresas e pesquisadores é essencial para o sucesso dessas iniciativas", ressaltou Ortigara.

ECONOMIA

A citricultura é uma atividade relevante para a economia do Paraná, ocupando áreas significativas e contribuindo substancialmente para o Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola do estado, sobretudo na região Noroeste do Paraná. A produção de citros não só gera empregos, mas também movimenta a economia local, sendo essencial para a sustentabilidade das comunidades rurais. De acordo com Renato Blood, gerente da Adapar, medidas de prevenção e controle são essenciais para a eliminação sistemática de plantas doentes e controle efetivo do inseto vetor da doença, o psilídio.

Durante o encontro, foram discutidas diversas medidas para conter o avanço do greening, incluindo o monitoramento contínuo dos plantios de citros. Para isso, a equipe de pesquisa do IDR-Paraná realiza monitoramentos constantes nos pomares, identificando precocemente os focos da praga. Outra estratégia é fazer o controle biológico e químico, usando técnicas para reduzir a população do inseto vetor e minimizar os danos às plantações. Também estão sendo realizados treinamentos e workshops com os produtores, para apresentar a eles as melhores práticas de manejo e controle do greening.

Rui Pereira Leite, pesquisador do IDR-Paraná, observou que essa colaboração entre os diversos segmentos da cadeia da citricultura é fundamental. “É uma parceria de anos e tem sido crucial para o avanço das nossas pesquisas e a implementação de medidas eficazes no campo. Estamos conseguindo desenvolver soluções que realmente fazem a diferença na luta contra o HLB. Estamos juntos com a Adapar participando da Câmara Técnica de Citricultura onde são discutidas várias temáticas sobre o greening no Paraná, principalmente na questão da Adapar, na eliminação das plantas doentes e controle do psilídio”, afirmou.

AVANÇOS

Paulo Edson Pratinha, da Sucos Prats, disse que o governo do estado tem as ferramentas para fazer o controle da doença, mas falta maior participação dos produtores. “Nós (produtores) é que não sabemos pedir ou ajudar o estado a utilizar a capacidade que tem”, destacou. O secretário Natalino Avance de Souza prometeu dar mais apoio ao setor para garantir avanços futuros. “Estamos comprometidos em erradicar o HLB e garantir a sustentabilidade da produção de citros na região”, disse Souza. O diretor-presidente do IDR-Paraná, Richard Golba, afirmou que a conversa foi muito boa e obriga a um avanço no processo de controle do greening. “Essa parceria é um exemplo de como a cooperação pode gerar resultados positivos e duradouros para a agricultura e a economia local”, completou Golba.