Enquanto, em Curitiba, a equipe do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) apresentava todo o planejamento elaborado para a criação do Instituto à Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), no interior do estado o processo para certificação de produtos orgânicos era o motivo da visita da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), do Mato Grosso do Sul.

Na sede da capital a equipe da Empaer foi recebida pelo presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, pelos diretores de gestão institucional, extensão rural e pelos assessores de gabinete e do planejamento. “Trabalhamos para contribuir com esta agricultura tão rica que temos no Paraná, mas sempre com o compromisso de valorizar todos os ambiente e setores”, comentou Natalino ao receber a equipe e mostrar como nasceu e como trabalha o IDR-Paraná

Composta pelo presidente da Empaer, Ronaldo Loffi, e representantes da pesquisa, extensão e do setor administrativo, a equipe de Mato Grosso conheceu toda a estrutura e a metodologia de trabalho, aqui no Paraná. E deve levar como base para criar um projeto de reestruturação da empresa para apresentar ao Governo do Estado. “O planejamento é fundamental pois contribui para o funcionamento e a harmonia interna de qualquer empresa”, comentou o assessor de planejamento do IDR-Paraná, Sérgio Augusto Guarienti, que fez a apresentação oficial aos visitantes.

A diretora de pesquisa do IDR-Paraná, Vania Moda Cirino, que estava na sede de Londrina, participou da reunião e apresentou o trabalho de pesquisa do Instituto por videoconferência. Falou sobre o desafio para levar cada vez mais inovação ao campo e, assim, contribuir para o desenvolvimento rural do Paraná.

A reunião foi finalizada pelo diretor de gestão institucional do IDR-Paraná, Diniz D’Oliveira, que apresentou todas as ações administrativas para gerar economia e fazer o trabalho do Instituto ser cada vez melhor.
Certificação orgânica

Já a visita da equipe de pesquisadores da Agraer foi no campo. Técnicos do IDR-Paraná apresentaram o trabalho de produção e certificação orgânica de algumas frutas como abacaxi, goiaba, maracujá, mamão e morango. Foram cinco dias de viagem pelo estado. Em Ribeirão Claro conheceram a produção de abacaxi e a associação de produtos orgânicos. Em Carlópolis, visitaram a cooperativa de produtores com certificação e, em Ibaiti foi a produção de goiaba com certificação orgânica que recebeu os visitantes.

A última parada foi em Marialva. A equipe conheceu o trabalho de um grupo de estudo que o IDR-Paraná participa, que consiste em ensinar o produtor a montar uma unidade, dentro da própria propriedade, para multiplicação de fungos e bactérias que melhoram a qualidade das frutas e atuam no combate de pragas e insetos, mas que podem ser utilizados na agricultura orgânica. De acordo com Ailton Rojas Poppi, extensionista do IDR-Paraná, que acompanhou a visita da equipe em Marialva, os resultados obtidos neste um ano de desenvolvimento do estudo são positivos. “O produtor se torna autossuficiente na produção destes bioinseticidas”, comenta Ailton. Os produtores podem usar estes bioinsumos para consumo próprio, a comercialização é proibida.

De acordo com o Coordenador do programa de Fruticultura do IDR-Paraná, Eduardo Augustinho, o estado foi o destino da equipe da Agraer por ser referência na produção de frutas orgânicas e na produção de goiaba. Para Cassia Ide Vieira, pesquisadora da Agraer, a escolha do Paraná como referência foi comprovada ao ouvir, do agricultor, que todo o sucesso que ele vem tendo com as produções orgânicas se deve às orientações recebidas dos técnicos do IDR-Paraná. “A visita está sendo incrível. Superou muito as nossas expectativas. Encontramos profissionais do IDR com profundos conhecimentos na área, comprometidos e com excelentes trabalhos no campo”, comentou Cassia.

Para Flávio de Oliveira Ferreira- Coordenador Regional da Agraer Dourados MS, a viagem valeu a pena para o aprendizado e para a troca de experiências “Voltamos encantados de todas as propriedades que visitamos. Todos os agricultores organizados, tecnificados e com assistência técnica de precisão”, reforça Flávio.

Reportagem: Francieli Galo