Foi destaque no mês de maio o centenário do Polo de Ponta Grossa, unidade regional de pesquisas do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater). 

“Ao mesmo tempo em que nos orgulhamos da vertiginosa transformação técnica da agricultura paranaense nesse período, esse aniversário nos lembra que é preciso manter vivo o espírito inovador, a visão de futuro e o investimento na pesquisa”, assinala o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza.

História — Inaugurada em maio de 1921 pelo Ministério da Agricultura, a Estação de Ponta Grossa foi criada para desenvolver pesquisa científica com o objetivo de dar suporte tecnológico ao desenvolvimento da cultura do trigo no Brasil, em particular o enfrentamento da ferrugem amarela, grande problema para a produção do cereal naquele tempo. Por isso, era também conhecida como o “Campo do Trigo”, em uma Ponta Grossa que não tinha mais de 20 mil habitantes. 

Com a mesma finalidade e no mesmo ano foi igualmente instalada uma fazenda experimental no município de Veranópolis, Rio Grande do Sul. 

Já no ano seguinte, 1922, a fazenda experimental deu início ao serviço de meteorologia e iniciou estudos sobre as condições climáticas da região, em paralelo ao desenvolvimento de cultivares de trigo adaptadas, pesquisas sobre fertilidade dos solos, adubação e mecanização agrícola. 

Com o passar dos anos, reformulações na estrutura do Ministério da Agricultura acarretaram várias mudanças administrativas, mas a inovação e o aprimoramento tecnológico da agricultura permaneceram no foco do centro de pesquisas.

A fazenda esteve vinculada ao Instituto de Experimentação Agrícola até o final da década de 1938; ao Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Sul (Ipeas) entre as décadas de 1940 a 1960 e, ainda, ao Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias Meridional (Ipeame), entre o final dos anos 1960 e início da década de 1970.

Por último, foi incorporada à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 1974, permanecendo assim até 1978, ano em que quando passou a ser administrada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), atual IDR-Paraná.

Atividades — Bem estruturado para as atividades de pesquisa, o Polo de Ponta Grossa está instalado em uma área com mais de 400 hectares, onde são desenvolvidas atividades de experimentação envolvendo cereais de inverno, particularmente trigo e aveia, feijão, milho, plantas de cobertura e rotação de culturas, plantio direto, fruticultura de clima temperado e citricultura.

Reportagem: Edmilson Liberal