Produtores argentinos conhecem trabalho do IDR-Paraná 11/08/2023 - 08:09
Um grupo de produtores argentinos visitou a sede do IDR-Paraná, em Curitiba, nesta quinta-feira (10). O objetivo foi conhecer a pesquisa que é desenvolvida pelos paranaenses com as culturas de milho e feijão, e como esse conhecimento chega aos agricultores.
A delegação que visitou o IDR-Paraná faz parte do Movimento CREA (Consórcio Regional de Experimentação Agrícola), uma organização civil formada por 232 grupos, de 19 regiões da Argentina. Cada grupo é integrado por produtores agropecuários que se reúnem para compartilhar experiências e colaborar mutuamente na tomada de decisões. A delegação que esteve em Curitiba pertence à província de Tucumán, localizada no Noroeste argentino, produtora de milho, feijão, soja e cana-de-açúcar, que tem um clima semelhante ao do Paraná.
Durante a visita Carlos Parchen, chefe de gabinete, apresentou a estrutura do IDR-Paraná e explicou aos produtores argentinos como a instituição trabalha e leva novas tecnologias aos agricultores do estado.
O pesquisador João Ari Gualberto Hill apresentou a estrutura do Instituto, que mantém 15 Estações de Pesquisa e cinco Unidades de Pesquisa no estado. Ele também explicou como o setor define suas linhas de ação para atender às demandas dos produtores. Ivan Bordin, coordenador do programa de Pesquisa de Soja e Milho, respondeu aos questionamentos sobre a produção de milho no estado. O Paraná detém 14,7% da produção nacional de milho, com 2,8 milhões de hectares cultivados e uma produção de 15,5 milhões de toneladas. Chamou a atenção dos visitantes a estratégia para fazer frente ao complexo de enfezamento do milho, principal ameaça às lavouras. Bordin explicou como funciona a rede de pesquisa formada pelo IDR-Paraná, em parceria com universidades, cooperativas e Embrapa, que coordena o enfrentamento da doença. Ele também apresentou as cultivares de milho desenvolvidas pelo Instituto e que oferecem algumas vantagens como a resistência a determinadas doenças e alta produtividade.
Como o Paraná é o maior produtor nacional de feijão, respondendo por 23% da produção nacional, o pesquisador Eloyr Myszka fez um panorama da cultura no estado e o trabalho que vem sendo feito pela pesquisa para aumentar os índices de produtividade das lavouras. Myszka destacou que o feijão é, em sua maioria, cultivado por pequenos produtores que ainda têm pouco acesso a tecnologia. Daí o esforço dos pesquisadores e extensionistas de levar inovações a este segmento. O Instituto possui 41 cultivares de feijão que chegam aos produtores graças a parcerias com empresas da iniciativa privada. Além disso, os extensionistas também levam às pequenas propriedades novas práticas de manejo das lavouras.