Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho leva novas variedades de feijão a produtores de Rio Negro 16/03/2021 - 10:46
A produção de feijão no país tem grande importância socioeconômica. O feijão é um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros, fonte de nutrientes essenciais e faz parte da nossa cultura. A leguminosa é uma das principais culturas cultivadas nas pequenas propriedades rurais, principalmente em propriedades familiares. O IDR-Paraná acompanha os produtores de feijão em todo o estado, dando suporte técnico necessário em todas as etapas da produção. Por meio do projeto Centro-sul de Feijão e Milho os extensionistas apresentam e incentivam o uso de novas tecnologias, promovendo a elevação da produtividade e a melhoria da renda das famílias rurais, bem como a preservação do meio ambiente e a segurança alimentar.
No município de Rio Negro foi instalada uma unidade de referência do projeto na propriedade de Etson Liebl, na comunidade do Lajeado dos Vieiras. O produtor é adepto da diversificação da produção. Ele, com a esposa e suas filhas, cultiva soja, milho, fumo, batata-salsa e feijão. Com a participação no projeto, Liebl teve acesso a sementes de feijão de 14 diferentes cultivares de feijão preto e carioca da EMBRAPA e IDR-Paraná. O plantio foi feito numa área reservada, formando o que os extensionistas chamam de vitrine de variedades. Ali é possível observar o desempenho de diversos materiais na região.
Camila Camargo, extensionista que acompanha o produtor, disse que ter diferentes tipos de feijão é importante para os produtores da vizinhança. “No município de Rio Negro, a maioria dos agricultores cultiva o feijão do tipo preto. Dessa forma é muito importante mostrar cultivares do tipo carioca que também vão muito bem na região. Além disso, para os produtores locais, é relevante o conhecimento de outras cultivares de feijão preto, já que cada um apresenta diferentes características agronômicas. Com a vitrine podemos analisar quais materiais se adaptam melhor às condições de clima e solo do município”, explicou Camila.
As cultivares foram plantadas na segunda quinzena de outubro e foram colhidas durante o mês de Janeiro. Para Etson Liebl a experiência de ter uma Unidade de Referência na propriedade foi positiva. “Para nós, agricultores, é muito interessante poder acompanhar cada cultivar. Gostei de várias delas, algumas têm mais cipó, outras produzem mais, umas tem o grão mais graúdo e tem outras que as plantas não acamam”, observou o produtor. Para Camila o projeto Centro-sul de Feijão e Milho é muito útil, pois incentiva e fomenta o cultivo de feijão em mais propriedades, mostrando como esse cultivo pode ser rentável.